O candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, afirmou, durante a sabatina do Jornal Nacional, nesta terça-feira (23/8), que o Brasil vive “a mais grave crise de sua história”. Perguntado pela apresentadora Renata Vasconcellos sobre a “agressividade” com a qual se refere aos líderes nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT,) se não há contradição no discurso de unir o Brasil com o tom das declarações, Ciro afirmou que pretende unir o país em torno de um projeto.
“Eu pretendo unir o Brasil ao redor de um projeto e tenho o diagnóstico que o Brasil vive a mais grave crise: fome. Trinta e três milhões de pessoas estão com fome e 120 milhões não fizeram as três refeições hoje. E determinados grupos políticos são responsáveis por essa tragédia. Eu acho, francamente, que a maior ameaça à democracia é o fracasso dela na vida do povo, mas vou me esforçar para unir e reconciliar o Brasil', disse o candidato.
Clique para acompanhar os destaques da participação de Ciro Gomes no Jornal Nacional. #CiroNoJN #Eleicoes2022 https://t.co/i63ny7dX49
— Correio Braziliense (@correio) August 23, 2022
Segundo Ciro, a corrupção no Brasil é responsabilidade de “determinados grupos políticos”, e eles devem ser citados em suas declarações. O pedetista criticou também o acúmulo de renda nas mãos dos mais ricos em detrimento dos mais pobres e da classe média.
“A corrupção é feita por pessoas e o desastre econômico e privilégios criados é o que faz com que o Brasil tenha cinco pessoas acumulando a renda das 100 milhões mais pobres e da classe média", afirmou, dizendo que é importante, na gestão, olhar para o futuro. "A ciência da insanidade é você repetir as mesmas coisas e buscar resultado diferente", continuou o candidato. "Em 2018, eu estava tentando advertir sobre a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso gravíssimo causado pelo governo do PT”, disse.
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Sabatinas no JN
Ciro é o segundo convidado da série de entrevistas promovida pelo telejornal com os presidenciáveis com melhor desempenho na pesquisa Datafolha de 28 de julho. A ordem das sabatinas, que duram 40 minutos, foi estabelecida por meio de sorteio.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a série na segunda-feira (22/8). Depois de Ciro, William Bonner e Renata Vasconcellos entrevistam Lula (PT), na quinta (25/8), e Simone Tebet (MDB), na sexta (26/8). André Janones (Avante) seria o quinto candidato a participar da série, mas retirou a candidatura para apoiar Lula no primeiro turno.
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