A Polícia Federal concluiu, em relatório, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu incitação ao crime ao relacionar a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) à vacina contra a covid-19. Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a delegada federal Lorena Lima Nascimento, responsável pelo caso, pediu autorização para indiciar o chefe do Executivo e o ajudante de ordens tenente Mauro Cid.
A PF pede ainda que seja autorizada a tomada de depoimento de Bolsonaro. No relatório, foi destacada que a conduta do chefe do Executivo levou os espectadores da transmissão a descumprir normas sanitárias estabelecidas durante a pandemia, além de afetar a campanha de vacinação.
Para a delegada, o presidente “disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores”.
Em outubro do ano passado, Bolsonaro leu, durante uma live nas redes sociais, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a covid-19 estavam suscetíveis a contraírem HIV. Cid ajudou o presidente a produzir o material divulgado pelo presidente e, por isso, também foi incluído pela PF. Por conta da repercussão, o Facebook decidiu retirar o conteúdo do ar.
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