A Operação Formosa 2022 encerrou-se nesta quarta-feira (10/8) no Campo de Instrução de Formosa (CIF). Iniciado na terça-feira passada (2), o treinamento realizado pela Marinha é o maior da Força no planalto central e tem o objetivo de qualificar operacionalmente o Corpo de Fuzileiros. Desde a edição do ano passado, a operação conta com a colaboração da Aeronáutica e do Exército.
Realizada desde 1988, a operação deste ano foi 40% maior do que a edição do ano anterior. Em 2021, o efetivo empregado foi de 2,5 mil homens, contra 3,5 mil este ano. Convidado sem o desfile de blindados fumacentos em frente à Praça dos Três Poderes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu ao evento, que contou com a presença do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Na apresentação ao público foram feitas simulações de combate e resposta contra ameaças químicas e radioativas.
Com aviões de ataque e de reconhecimento, veículos blindados, helicópteros, armas de artilharia, e lançadores de foguetes Astros no cenário do treinamento, os passos foram apresentados por um narrador que, com o fundo da trilha sonora do filme Missão Impossível, descreveu as operações realizadas. Diferentemente dos filmes do gênero de ação, as operações aconteciam de forma ordenada, até calma. Apesar dos estrondos da munição real utilizada na apresentação do treinamento e dos voos rasante dos caças AF-1 Skyhawk, não foi comparável ao frenesi de explosões usual em Hollywood.
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Paulo Sérgio Nogueira parabenizou os participantes e ressaltou o esforço operacional e logístico de transporte e utilização de 1,7 mil toneladas de equipamentos trazidos do Rio de Janeiro: “Essa operação começou a representar uma imperdível oportunidade para treinar e integrar os militares das três Forças Armadas. Hoje tivemos apenas um resumo do que aconteceu nos últimos 8 dias.”
Durante o exercício, uma paraquedista mulher entregou ao ministro da Defesa uma bandeira do Brasil, após aterrissar em frente aos convidados.
Internacional
O treinamento de oito dias teve a participação de um grupo de fuzileiros norte-americanos. Já no evento de encerramento estavam presentes cerca de 20 adidos militares de diversos países também convidados para o evento.
Custos não divulgados
Questionada, a assessoria de comunicação da Marinha não soube informar os custos da operação. De acordo com uma informação do colunista Lauro Jardim no jornal O Globo de agosto de 2021, o custo da operação entre os anos de 2011 e 2013, quando a operação contava com um efetivo de aproximadamente 2 mil militares, era estimada em cerca de R$ 5 milhões, algo que atualizado para hoje, sem considerar a ampliação dos efetivos, chegaria a cerca de R$ 11,5 milhões.
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