Queda nos preços

Após queda do IPCA, Bolsonaro diz esperar nova deflação no próximo mês

Pressionado pela queda nos preços dos combustíveis, o IPCA de julho, que mede a inflação, ficou em -0,68%

Ingrid Soares
postado em 09/08/2022 14:34 / atualizado em 09/08/2022 14:34
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (9/8) que deverá ter outra deflação mensal após o anúncio de queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho.

“Todos estão sentindo que estão acontecendo coisas boas. Acabou de ser anunciada agora uma deflação, e tenho certeza que no mês que vem tem outra deflação, juntamente com anúncio do crescimento do número de empregos no Brasil”, apontou, durante discurso na solenidade de abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS) em São Paulo.

Pressionado pela queda nos preços dos combustíveis, o IPCA de julho, que mede a inflação, ficou em -0,68%. Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a primeira vez em que o índice fica no campo negativo, menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada é de 4,77%; nos últimos 12 meses, ainda é de 10,07%.

Indireta a Lula

Bolsonaro disse ainda que “a economia é reflexo direto da ideologia” e que, dependendo das escolhas, pode levar a uma condenação ‘que vai durar décadas’ em indireta ao ex-presidente Lula (PT).

“A economia é reflexo direto da ideologia. Nós devemos nos afastar do que está dando errado, jamais nos afastarmos da Argentina, é um país parceiro nosso, como Paraguai, Uruguai. Mas temos que buscar aprender vendo os erros e acertos dos outros. E, certas coisas, de acordo com as escolhas, podem ser a condenação, algo que vai durar décadas”.

E falou também da necessidade de fazer comparações entre as gestões: “Olhem como está a economia da Argentina. Está indo bem, como está a economia? Olhem o que está acontecendo no Chile, Colômbia. É bom ou não é? Queremos esse caminho ou não?”, questionou.

Bolsonaro ainda teceu afagos aos produtores, afirmando que é “uma satisfação muito grande estar entre aqueles que trabalham, produzem, geram empregos e nos garantem a segurança alimentar”.
“Nossa obrigação é colaborar com vocês, não atrapalhar. É muito simples, o trabalho de um chefe do Executivo quando se trata pessoas como vocês: é deixar vocês trabalharem”.

O chefe do Executivo relatou também que, em seu governo, a invasão de terras por grupos do MST “caiu para quatro vezes por ano” e voltou a defender o armamento.

“O homem armado dá garantia à sua família, sua propriedade e ao Brasil, porque um povo armado jamais será escravizado.”

Bolsonaro também acenou ao público feminino, ressaltando que “90% dos títulos de terra são para as mulheres”.

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