O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou, ontem, o manifesto em defesa da democracia organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito já ultrapassou 800 mil assinaturas entre artistas, personalidades, organizações da sociedade civil, políticos e outros profissionais. A mulher de Lula, a socióloga Janja da Silva, também endossou a carta.
O petista é o oitavo presidenciável a assinar o manifesto. Também aderiram Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d'Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP) e José Maria Eymael (DC). O presidente Jair Bolsonaro (PL), Pablo Marçal (Pros), Roberto Jefferson (PTB) e Vera Lúcia (PSTU) não avalizaram o documento.
O petista relutava em aderir ao movimento, por receio de a manobra ser considerada eleitoreira, mas foi convencido por aliados e integrantes da campanha. Pesou na decisão a larga adesão ao manifesto e a publicação de outros manifestos sobre o mesmo tema.
Resposta
A carta foi elaborada em resposta às críticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral, às urnas e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto foi divulgado pouco mais de uma semana depois do encontro do presidente com embaixadores no Palácio no Planalto, no qual questionou o sistema eleitoral do país.
"Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira", registra o texto.
Em paralelo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou, ontem, sua versão do documento. "A OAB não é apoiadora ou opositora de governos, partidos e candidatos Nossa autonomia crítica assegura credibilidade e força para nossas ações de amparo e intransigente defesa ao estado democrático de direito", salientou.
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