ELEIÇÕES 2022

Bolsonaro: 'Por que a Pfizer pediu sigilo de 50 anos?'

Presidente diz não ter comprado as vacinas antes pelo fato de o remédio, segundo ele, 'não ter comprovação científica'

Estado de Minas
postado em 08/08/2022 22:42 / atualizado em 08/08/2022 22:42
 (crédito: Reprodução/Youtube)
(crédito: Reprodução/Youtube)

Integrantes da CPI da COVID foram alvos de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista ao Flow Podcast, nesta segunda-feira (8/8).

Ele afirmou que não comprou vacinas antes pelo fato de o "medicamento não ter comprovação científica (em 2020)" e que a "Pfizer não se responsabilizava pelos efeitos colaterais".

E prosseguiu afirmando que a farmacêutica americana "pediu sigilo de 70, 50 anos. Por que sigilo de 50 anos? Por que você não pode ver o que que está acontecendo ali?".

Indignado

Em seguida, Bolsonaro afirmou que "por um voto" o presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM), "deixou de ser indiciado por pedofilia". E que toda sua família teria sido "presa por desviar R$ 270 milhões", no Amazonas.

Sobre o também senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos participantes contra a política adotada pelo governo na pandemia, foi dito que ele "saltita pra lá, saltita pra cá". E que, em 2020, o parlamentar fez uma live dizendo que iria condecorar os médicos que receitassem tratamento precoce, mas que, segundo o presidente, mudou de posição: "para ficar contra mim, com toda certeza".

As reclamações também avançaram para o relatório feito por Renan Calheiros (MDB-AL), que acusava formalmente o presidente de nove crimes, entre eles, o de charlatanismo. "Por falar de tratamento para malária e para cegueira dos rios, passei a ser charlatão", disse Bolsonaro.

Entre as medicações usadas para tratar cegueira dos rios está a ivermectina; e a hidroxicloroquina é usada para o combate a malária. Nenhum dos dois têm eficácia comprovada contra o coronavírus.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação