O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta segunda-feira (8/8), o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Petrobras. Segundo o presidente, a maioria dos ministros da Corte tem "viés de esquerda". Bolsonaro também negou a participação dos militares no golpe de 1964, que atribuiu ao Congresso Nacional.
"O STF não pode ficar legislando, praticar ativismo judicial. Ministros interferem e não podem. O ativismo judicial se faz presente no Brasil", disse o presidente em participação no Flow Podcast. "O que foi a prisão do (deputado federal) Daniel Silveira (PTB-RJ)? Ele falou muitas coisas que eu condeno, mas não é um ministro que resolve abrir inquérito, resolve investigar e resolve punir o cara", completou.
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Segundo Bolsonaro, os magistrados são "favoráveis ao desarmamento, mas não abrem mão de carro blindado". Sobre o golpe de 1964, o presidente negou que ele foi realizado pelos militares e disse que foi tudo realizado dentro da Constituição.
"Quem cassou o João Goulart não foram os militares, foi o Congresso Nacional", disse Bolsonaro. "Não houve um pé na porta, porque os golpes se dão com pé na porta, com fuzilamento, com paredão. Foi tudo de acordo com a Constituição Federal de 1946, nada fora dessa área", continuou. O presidente também defendeu que o regime militar teve "prós e contras" e que "nenhum regime é perfeito".
Em relação à Petrobras, o presidente criticou o lucro da estatal e a dificuldade que tem em fazer alterações no seu comando. Bolsonaro também afirmou que o Preço de Paridade Internacional (PPI) não precisa ser revogado. "Eu mudo ministro a uma canetada aqui, 30 minutos publico um Diário Oficial extra. A Petrobras não, demora uns 45 dias em média", disse.
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