Candidato ao governo de Minas Gerais pelo Partido Liberal (PL), o senador Carlos Viana disse "respeitar" a decisão do União Brasil, que indicaria o candidato a vice na chapa, mas desistiu de compor a coligação. Os rumos do União, que não apoiará nenhum postulante ao Palácio Tiradentes durante o primeiro turno, foram anunciados nesta segunda-feira (8/8).
"Respeito a posição do partido, que fez análise do cenário eleitoral e tomou a decisão que julgou apropriada para o momento político", lê-se, em comunicado enviado pelo liberal à imprensa.
Mais cedo, Viana afirmou ao Estado de Minas que, com a saída do União Brasil do grupo, a vaga de vice será entregue ao Republicanos.
"Estamos finalizando as negociações para registro final de candidatura do PL e, em breve, anunciaremos o nome indicado para ocupar a posição de candidato a vice-governador", garantiu, na nota remetida posteriormente.
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Palanque para Bolsonaro
O apoio do União Brasil ao PL foi anunciado na terça-feira passada (2). Representantes dos partidos se reuniram em Brasília (DF) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e resolveram manter a candidatura de Viana. O senador vai disputar o governo a fim de dar palanque para o chefe do poder Executivo federal, que tentará a reeleição. A oficialização demorou porque os liberais tentaram, em vão, uma aliança com o governador Romeu Zema (Novo).
A coligação de Viana, batizada "Lealdade por Minas", terá, além do Republicanos, o apoio do PRTB. Na ata enviada pelo PL à Justiça Eleitoral, há a presença do Democracia Cristã (DC), que antes havia acertado seguir ao lado de Zema.
Embora seja o candidato de Viana e Bolsonaro ao Senado Federal, Cleitinho Azevedo não compõe formalmente a coalizão. Isso porque seu partido, o PSC, dará apoio informal a Zema. Antes do declínio do União Brasil, Viana desejava ter o deputado federal Bilac Pinto como vice. Fruto da fusão entre DEM e PSL, o partido é dono da maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de propaganda no rádio e na televisão.
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