Molon insiste; Lúcia França com Haddad

Correio Braziliense
postado em 06/08/2022 00:01

O último dia das convenções partidárias viu, também, definições de última hora na aliança entre PT e PSB. As siglas se bicaram em vários estados e deixaram a solução de alguns conflitos para a reta final — alguns deles nos maiores colégios eleitorais.

A maior complicação é no Rio de Janeiro para a vaga ao Senado. O PT anunciou André Ceciliano como candidato, enquanto o deputado federal Alessandro Molon (PSB) insiste em concorrer. Após uma semana complicada, com ataques petistas e de seu próprio partido, o socialista conseguiu manter seu nome no páreo.

"Isso, para nós, é página virada. A nossa disputa é com Romário (PL), representante bolsonarista na disputa ao Senado", disse Molon, ontem, na sede do PSB fluminense. Ao seu lado estavam representantes do PSol, Rede Sustentabilidade e Cidadania, que apoiam a candidatura ao Senado. "Há uma forte pressão do PT sobre o PSB, numa tentativa de obrigar nossa desistência. Eu estou aqui para dizer que nós não desistiremos da nossa candidatura", garantiu.

Os petistas acusam Molon de romper um acordo nacional firmado ainda no ano passado. O PT-RJ chegou a ameaçar uma retirada de apoio a Marcelo Freixo, candidato dos socialistas ao governo do Rio de Janeiro. Porém, a executiva nacional do PT determinou ontem que a aliança se mantenha.

Além da pressão petista, o PSB decidiu estrangular financeiramente a candidatura de Molon para dissuadi-lo de continuar. Em votação, a legenda definiu que, se o socialista não abrisse mão da candidatura, não teria acesso aos recursos do Fundo Eleitoral. A sanção, porém, não surtiu efeito, pois o deputado é responsável pela distribuição da verba das candidaturas do partido.

Além do Rio de Janeiro, outro nó entre PT e PSB está no Rio Grande do Sul, onde ambas as legendas defendem candidatura própria. Os socialistas lançaram Vicente Bogo em substituição a Beto Albuquerque. Os petistas, por sua vez, vão de Edegar Pretto para a disputa.

Definição em SP

Outra definição de última hora de petistas e socialistas foi a escolha da educadora Lúcia França (PSB) como vice de Fernando Haddad (PT) ao governo paulista. Ela é mulher do ex-governador Márcio França que, após acordo entre as siglas, deixou o páreo em favor de Haddad e vai concorrer à vaga ao Senado.

"Depois de muitas tratativas com os seis partidos aliados em busca de uma mulher para compor a nossa chapa ao governo do estado, pedi ao PSB que indicasse o nome. A indicação me chegou, e não poderia me dar maior satisfação", anunciou o petista em suas redes sociais. Lúcia é professora, empresária e pós-graduada na área de Direito Educacional. (VC)

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