O bolsonarista Jorge Guaranho, que matou o petista Marcelo Arruda em uma festa de aniversário no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná, deve cumprir pena no Complexo Médico Penal após ter alta. A decisão é da Justiça do Paraná, que negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa.
No pedido de liminar, a defesa do policial alegou que “a alta hospitalar não significa alta médica, tendo em vista que o paciente demanda cuidados especializados para atividades básicas da vida”, e disse da necessidade de Guaranho de realizar fisioterapia e fonoaudiologia após sair do hospital.
O Ministério Público foi contra a prisão domiciliar e medidas mais leves de restrição, afirmando que “"não há como falar em 'alegação vazia da gravidade do crime', 'mera retórica' ou 'atuação contida' do detento na espécie, visto a gravidade acachapante da conduta".
Jorge Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado, e deve ficar em cela separada dos demais, por ser um preso integrante da Administração da Justiça Criminal. A pena pode variar de 12 a 30 anos.
Guaranho deve receber alta hospitalar nesta sexta (5/8), segundo informações apuradas pelo site G1.
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Relembre o caso
Marcelo Arruda era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, e foi morto a tiros enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos com a temática do Lula e do PT.
Arruda e sua família foram surpreendidos pelo bolsonarista Jorge Guaranho, que invadiu o espaço e atirou contra o guarda municipal.
Jorge José da Rocha Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e agente penitenciário. Ele chegou a ser atingido com quatro tiros quando Marcelo agiu em legítima defesa.
O agente também sofreu agressões físicas dos familiares e convidados que estavam na festa e, em funções dos ferimentos, foi internado em estado grave.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais
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