O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (4/8) por meio das redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro (PL) comparecerá à entrevista do Jornal Nacional, marcada para o dia 22 de agosto. A declaração ocorreu por meio do perfil do filho do chefe do Executivo.
Segundo o senador, a entrevista, conduzida pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos, deverá ocorrer diretamente do Palácio da Alvorada, com duração de 40 minutos. A data foi definida pelo telejornal em sorteio.
Tá marcado!
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) August 4, 2022
Presidente @jairbolsonaro no Jornal Nacional dia 22/agosto, direto do Palácio do Alvorada! #CapitaoDoPovoNoJN pic.twitter.com/sqHwrkk0jX
No entanto, há um impasse em relação ao local. Em decisão tomada em 2014, logo após as eleições, a TV Globo definiu que todas as entrevistas em anos eleitorais seriam feitas nos estúdios. A medida buscou demonstrar que todos os candidatos são tratados em igualdade de condições. Em nota, o canal relatou ter sido procurado pelo PL pedindo que a entrevista com Bolsonaro ocorresse em sua residência oficial, mas destacou que o pleito foi negado.
"Ontem e hoje, o PL solicitou que as entrevistas com o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, fossem feitas no Palácio da Alvorada. A Globo rejeitou o pedido em face dos motivos aqui expostos. Novamente para garantir igualdade de condições, o prazo para que os candidatos aceitem as entrevistas se encerra impreterivelmente hoje".
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Outros pré-candidatos também participarão em dias distintos. Na sequência foram sorteados: André Janones (Avante) — que desistiu da candidatura para apoiar Lula — seria entrevistado no dia 23, Ciro Gomes (PDT) no dia 24, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 25, e Simone Tebet (MDB) no dia 26.
1º turno
No último dia 27, Bolsonaro afirmou que vai “debater com o cara” no primeiro turno nas eleições de outubro. O chefe do Executivo se referiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal opositor político dele, que aparece na liderança das pesquisas de intenção de voto.
Em junho, Bolsonaro já havia desafiado Lula para um debate no primeiro turno das eleições. No entanto, no fim de maio, alegou que evitaria os debates no primeiro turno das eleições para não levar “pancada” o tempo todo por parte dos candidatos.
“No segundo turno eu vou participar. Se eu for para o segundo turno, devo ir, né, eu vou participar. No primeiro turno, a gente pensa. Porque se eu for, os 10 candidatos vão querer o tempo todo dar pancada em mim e eu não vou ter tempo de responder”, disse. Ele ainda defendeu na ocasião que as perguntas deveriam ser “pré-acertadas com os encarregados de fazer os debates, para não baixar o nível”.
Quando questionado se ele participaria, mesmo com a presença de Lula, o presidente disse: “Não vou dar bola para isso não. A princípio, a ideia é comparecer aos debates.”
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