Eleições

Bolsonaro fala sobre ser ‘ameaçado de cadeia quando deixar o governo’

O presidente Bolsonaro ainda reclamou de pressões para a escolha de ministros indicados ao STJ e ao STF e disse que está impondo transparência nas eleições "via Forças Armadas"

Ingrid Soares
postado em 04/08/2022 18:30 / atualizado em 04/08/2022 18:31
Bolsonaro participa de reunião com pastores presidentes das Convenções das Afiliadas da CGADB em Guarulhos -  (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
Bolsonaro participa de reunião com pastores presidentes das Convenções das Afiliadas da CGADB em Guarulhos - (crédito: Reprodução / Redes Sociais)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (4/0) que está sendo “ameaçado de cadeia quando deixar o governo”. A declaração ocorreu durante reunião com pastores presidentes das Convenções das Afiliadas da CGADB em Guarulhos, São Paulo.

“Por vezes me pergunto: quem sou eu para chegar onde cheguei? Isso não é da boca para fora. O pessoal sabe, quando anda comigo, quantas vezes eu falo: é muito mais fácil estar do outro lado, mas muito mais fácil, e não estar sendo ameaçado de cadeia quando deixar o governo. E qual é a acusação? Qual é o crime? O mesmo que foi acusada de cometer uma senhora de nome Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia. Está presa, condenada a 10 anos. Qual acusação? Atos antidemocráticos. Alguém lembrou de um inquérito no Brasil com esse nome?”, ironizou, em referência ao processo do ministro Alexandre de Moraes e comparando sua situação com a da ex-presidente da Bolívia Jeanine Añez.

Bolsonaro ainda reclamou de pressões para a escolha de ministros indicados ao STJ e ao STF. “Tem pessoas que o tempo todo ficam falando: ‘Olha o teu futuro, você tem que fazer isso’, ‘Eu não quero esse nome para o STJ, tem que ser aquele outro, porque é lista tríplice, ou lista quádrupla’. Para o Supremo, a pressão que eu sofri”, relatou.

Por fim, o chefe do Executivo disse ainda que está impondo transparência nas eleições "via Forças Armadas".

“Três do TSE acreditam piamente nas pesquisas do Datafolha. Não quero alongar muito sobre isso. Estou fazendo minha parte no tocante a isso, buscando impor, via Forças Armadas, que foram convidadas, a nós termos eleições transparentes”. “Porque, se houver algo de errado, não é só para mim. Vai ser para deputado, senador, governador”, alegou, mais uma vez sem apresentar provas.

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