O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou um acordo com a Missão de Observação Eleitoral da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) para que entidade observe as eleições brasileiras deste ano. O acordo foi assinado, ontem, pelo presidente da Corte, Edson Fachin, e pelo vice-presidente, Alexandre de Moraes — que assume a Justiça Eleitoral a partir de 16 de agosto.
Além da Uniore, outros organismos internacionais já firmaram acordo com o TSE, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Parlamento do Mercosul (Parlasul).
Fachin já havia anunciado que observadores internacionais iriam acompanhar as eleições de 2022. Outros organismos também foram convidados, como a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP); Centro Carter; Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES); e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
A presença das entidades desagrada o presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de atacar o sistema eletrônico de votação e afirmar que as eleições anteriores foram fraudadas, o chefe do Executivo criticou a iniciativa do TSE de convidar os observadores internacionais. Ele chegou a dizer que Fachin cometeu "estupro à democracia" ao se reunir com embaixadores no mês passado.
As declarações de Bolsonaro repercutiram negativamente na comunidade internacional. Em pelo menos três ocasiões, integrantes do governo norte-americano reiteraram a confiança no processo eleitoral brasileiro.
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