O site que hospeda a Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito tem sofrido várias tentativas de ataques de hackers desde o lançamento na terça-feira (26/7). O documento será lido oficialmente apenas no dia 11 de agosto em um evento no Pátio das Arcadas, na Universidade de São Paulo (USP).
O texto, escrito por professores, alunos, ex-alunos e ativistas da Faculdade de Direito da USP, já foi assinado por 160 mil pessoas — em dados divulgados na noite de quarta (27) — e convoca a população para ficar alerta na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.
Para Celso Fernandes Campilongo, professor e diretor da Faculdade de Direito da Universidade, a democracia está ameaçada. "A democracia não é uma preferência pessoal. É um valor constitucional. Toda nossa ordem jurídica é calcada na democracia. Não existe espaço para qualquer posição política ou ideológica antidemocrática no nosso sistema constitucional”, afirmou.
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Ao Correio, a comunicação da Faculdade de Direito da USP confirmou que 1.538 tentativas de ataques de hackers ocorreram até as 18h de quarta-feira e que eles estão trabalhando na melhor forma de conter as ameaças. Além disso, informaram também que os sistemas estão totalmente seguros, independente dos ataques.
O documento foi defendido e assinado por nove ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros 259 magistrados apoiaram o documento. Entre os ministros aposentados da Corte estão: Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches.
Além disso, grandes nomes de empresas e bancos brasileiros também assinam o texto como Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco) e Guilherme Leal (Natura) e cineastas como Fernando Meirelles e Jorge Furtado.