Por causa de anúncios veiculados no Youtube com a imagem do presidente, Jair Bolsonaro (PL), o termo YouTube Premium - serviço da plataforma na qual não são veiculados anúncios antes dos vídeos, exclusivo para assinantes - ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter neste sábado (23/7).
Alguns usuários publicaram um passo a passo para que as pessoas que estivessem recebendo os vídeos conseguissem bloquear o conteúdo no seu endereço vinculado ao Google. Com prints, a pessoa ensina até como identificar a URL que está no vídeo exibido.
Segundo o jornal O Globo, a campanha do PL gastou, para um único dia, um valor de R$ 114 mil na veiculação dos anúncios tanto na plataforma de vídeos, quanto em outras do Google.
Os vídeos rejeitados pelo público que não assina o Premium têm formatos e tamanhos diferentes: mostram o presidente em cenas cotidianas ou defendendo temas como o militarismo. Também utilizam a imagem de Michelle Bolsonaro em cenas que ela e o marido se beijam ou que a primeira dama reza com lideranças religiosas.
Para driblar a opção de "pular o anúncio", um mecanismo do Youtube que aparece após cinco segundos de exibição , os vídeos começam com a frase "não pule este vídeo, é pelo bem do Brasil". O investimento em mídia digital é a nova estratégia da campanha de Bolsonaro à reeleição, que pretende focar, após a convenção de amanhã (24/07) nos jovens e nas mulheres.