Sem defecções, a convenção nacional do PT – limitada a uma protocolar reunião da Comissão Executiva do partido – aprovou, nesta quinta-feira (217), a chapa Lula-Alckmin para a disputa da Presidência da República. A decisão foi tomada em um hotel da região central de São Paulo, com portas fechadas ao público e à imprensa. O resultado será referendado ainda hoje pela federação partidária comandada pelo PT, com PV e PCdoB.
Os demais partidos da aliança de esquerda – PSB, PSol, Rede e Solidariedade - também vão homologar a coligação. Por acordo entre os partidos, apenas a convenção nacional do PSB, dia 29, em Brasília, será festiva, com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-governador Geraldo Alckmin e dos dirigentes das agremiações.
Na convenção de hoje, sem a presença de Lula, que está em Pernambuco cumprindo agenda política, o PT aprovou ainda a própria federação com PV e PCdoB.
A convenção petista foi o primeiro dos dois eventos programados para hoje com objetivo de cumprir a legislação eleitoral. Os dirigentes da federação partidária se reuniram em seguida para corroborar a decisão.
Lula e Alckmin permanecem em Pernambuco, estado em que a aliança do Partido dos Trabalhadores com o PSB enfrenta fogo amigo de uma ala da base petista que defende a candidatura ao governo local de Marília Arraes, ex-PT e, hoje, no Cidadania. Em Pernambuco, o PT faz parte da aliança com o PSB da família Campos, que lançou ao governo estadual a pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral, para defender uma hegemonia que já dura 16 anos.