Sergio Ricardo Faustino Batista, que ocupava a Diretoria de Controles Internos e Integridade (Decoi) da Caixa Econômica Federal, foi encontrado morto ao lado da sede do banco, na noite de terça-feira. A 5ª Delegacia investiga o caso e, inicialmente, trabalha com a hipótese de suicídio.
Natural de Teresina, Sérgio tinha 54 anos e respondia pela diretoria responsável por investigar as denúncias de corrupção e assédio sexual — como as que derrubaram Pedro Guimarães do comando da instituição. Ele era funcionário de carreira desde 1989.
O corpo de Sergio foi encontrado por um funcionário do Almoxarifado do banco. Por volta das 22h de terça-feira, ele contornava o edifício-sede da Caixa quando viu alguém aparentemente dormindo — presumiu que fosse um morador de rua.
O servidor comentou com o vigilante do prédio e voltaram ao local. Ao lado do corpo, encontraram um crachá com a identificação de Sérgio. Como próximo passo da investigação, os policiais analisarão as imagens das câmeras de segurança para tentar determinar o que aconteceu.
A Caixa lamentou a morte de Sergio, e a presidente da instituição, Daniella Marques, utilizou as redes sociais para se solidarizar com família e amigos. "Recebi com tristeza o falecimento do nosso empregado Sérgio Ricardo Faustino Batista, diretor de Controles Internos e Integridade da Caixa. Gostaria de me solidarizar com sua família e amigos. Era uma pessoa admirada e querida", publicou.
Já Pedro Guimarães divulgou nota na conta que mantém no Instagram ressaltando a competência do diretor. "Lamento profundamente a morte de Sérgio Ricardo Faustino Batista, com quem trabalhei durante três anos e meio. Funcionário correto e humano, excelente exemplo para todos da Caixa", destacou.
Apesar da tragédia e do clima de consternação, o expediente no edifício-sede do banco foi mantido. Isso levou o Sindicato dos Bancários de Brasília a organizar uma manifestação em frente à sede da Caixa para cobrar "sensibilidade" da direção da instituição.
"O agravamento da tragédia na Caixa impactou a saúde física e mental, a dignidade e a vida dos empregados e empregadas do banco. A vida é um bem supremo e inegociável, portanto jamais pode ser banalizada. A dimensão do luto, do respeito e solidariedade diante da vida é inalienável", observa a nota divulgada pelo sindicato.