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Bolsonaro a evangélicas no MA: Motocicleta e arma não são símbolos de machismo

Jair Bolsonaro ainda lembrou a esposa e a filha em discurso basicamente para evangélicas no Congresso de Estadual das Missionárias e Dirigentes de Círculo de Oração da Convenção Estadual das Assembleias de Deus do Maranhão

Na tentativa de aproximação do público feminino, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (14/7) que a motocicleta e a arma não são símbolos de machismo. O presidente participa do 38º Congresso de Estadual das Missionárias e Dirigentes de Círculo de Oração da Convenção Estadual das Assembleias de Deus do Maranhão – CEADEMA em Vitória do Mearim (MA), onde falou para uma plateia composta essencialmente de evangélicas.

"Tive uma encrenca enorme ano passado, comprei uma motocicleta sem minha mulher saber. Não a consultei, Arranjei um tremendo de um problema A preocupação dela é com a minha vida, mas eu gosto de motocicleta. Eu gosto, às vezes, de viver perigosamente. É um prazer que tenho. E ela passou a me entender. Tem muitas mulheres que veem a motocicleta como símbolo de machismo, não pensem isso de nós. São momentos de felicidade em cima de duas rodas", alegou.

"É a mesma coisa quando se fala em arma de fogo. As mulheres são contra em grande parte. Mas desde que nós adotamos política de armas para pessoas de bem, em 2016, não vou dizer quem era a presidente, tivemos no Brasil 61 mil mortes por armas de fogo. No ano passado, passou para 41 mil mortes. Menos 20 mil mortes no Brasil. Gostaria de poder passar para zero mortes. É a política que às vezes as senhoras não concordam, mas ajudam no outro setor”, completou.

Bolsonaro caracterizou ainda que o encontro religioso das mulheres “tem um significado especial” e que as mesmas são "as colunas da igreja".

"Nenhum homem pode ser bem sucedido se não tiver ao seu lado uma grande mulher. A minha esposa lamenta não estar presente. Quando a viagem ultrapassa dois dias, ela costuma não viajar, temos uma filha de 11 anos, uma filha que mudou mais ainda minha vida porque depois de quatro homens veio uma menina. No leito dos hospitais, onde a incerteza pairava sobre a minha vida, eu pedi uma coisa a Deus: que não deixasse a minha filha se tornar uma órfã".

E destacou o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 500, apontando que dois terços dos assistidos pelo programa são mulheres. "Hoje, são 18 milhões de pessoas que recebem o Auxílio Brasil. Dois terços dessas pessoas, ou seja, 12 milhões, são mulheres. É a nossa política voltada para atender preferencialmente a mulher”.


Ontem, no Maranhão, Bolsonaro voltou a acenar às mulheres. “Não é fácil administrar um país. Tenho aprendido muito nos últimos quatro anos. Inclusive ceder em algum momento, me aproximar mais das mulheres. São a nossa âncora. Nenhum de nós pode ser feliz sem uma mulher ao nosso lado”, declarou.

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