TCU avaliza: urna é segura

O Tribunal de Contas da União (TCU) validou, pela terceira vez, a segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de outubro. Segundo relatório de auditoria assinado pelo ministro Bruno Dantas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui planos suficientes para prevenir, detectar, obstruir e neutralizar qualquer ação que ameace a segurança dos votos.

A decisão faz parte da terceira fase da auditoria interna da Corte, que avalia a segurança das máquinas — alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. A primeira etapa analisou a confiabilidade das urnas e mostrou que o sistema eleitoral dispõe de mecanismos de fiscalização que permitem análise em todas as rodadas de votação.

A segunda se debruçou sobre os aspectos materiais que poderiam impactar a votação eletrônica. Já a terceira fase avaliada instituiu mecanismos de risco de gestão adequado para garantir a proteção do processo eleitoral e evitar falhas que possam prejudicar o resultado do pleito.

Segundo o ministro, o TSE desenvolveu uma política de gestão eficiente do sistema eleitoral. "Possui planos de contingência para situações específicas, previstos em manuais ou normativos internos, que oferecem proteção aos processos críticos na eleição, de forma a não permitir a interrupção das atividades em caso de incidentes graves, falhas ou desastres, ou ainda assegurar a sua retomada em tempo hábil a não prejudicar o resultado das eleições", salientou no relatório.

O documento de Dantas observa, ainda, que "diante do apresentado e cumprido o propósito desta terceira rodada da fiscalização, concluo que não foram identificados até o momento riscos relevantes à realização das eleições 2022 dentro do escopo abordado".

Desde que foi eleito, Bolsonaro tenta desacreditar o processo e afirma que as eleições de 2018 foram fraudadas, pois, segundo ele, teria vencido a corrida presidencial no primeiro turno. Mas nunca apresentou provas. (LP)