Violência

Candidatos e parlamentares reagem a assassinato de petista no Paraná

Ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que foi ministro de Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, também repudiou o que classificou como violência política

Candidatos à presidência e parlamentares comentaram o assassinato de um guarda municipal em Foz do Iguaçu (PR), morto a tiros no sábado (9/7) durante a própria festa de aniversário, de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo relatos, o atirador seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro e invadiu a festa gritando o nome do político.

Ciro disse que o ódio político precisa "ser contido", citando a morte de "dois pais de família" fruto de uma "guerra absurda, sem sentido e sem propósito", em comentário semelhante ao do ex-presidente Lula. "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas."

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que foi ministro de Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, também repudiou o que classificou como violência política, sem fazer qualquer referência direta ao caso, em manifestação na sua página oficial no Twitter. "Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso."

A senadora e pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) disse, em nota, que lamenta profundamente as mortes violentas em Foz do Iguaçu. "Me solidarizo com as famílias de ambos. Mas o fato é que esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando", declarou.

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Tebet disse ainda que tem certeza de que "nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana suficientemente sólido para reconstruir o Brasil. Que o caso de Foz do Iguaçu faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política”.

A senadora também falou no twitter, que "adversário não é inimigo".

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também comentou o caso. "O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie". 

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz — ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro —, chamou o assassino bolsonarista de irresponsável e covarde. "Não é surpresa. Resultado natural do fanatismo. Eleições - pode haver mais incidentes. Está sendo alertado faz muito tempo", pontuou.

 

Já o pré-candidato ao governo de Sergipe, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), afirmou que a tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros.

A vítima Marcelo Arruda era filiado ao PT e foi candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. Segundo a polícia, o atirador é José da Rocha Guaranho, um agente penitenciário federal.

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General Santos Cruz