O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu questionamentos sobre a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF), mas não fez considerações sobre as denúncias de assédio. Em conversa com apoiadores, na noite desta segunda-feira (4/7), no cercadinho em frente ao Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo fez um breve comentário. “Foi afastado o presidente da Caixa. Ou melhor, ele pediu afastamento”, disse.
Guimarães foi exonerado na última quarta-feira (29/6) após denúncias de assédio sexual de funcionárias do banco. Após os casos virem à tona, pelo menos outras 10 denúncias de assédio envolvendo dirigentes da Caixa foram feitas. Os casos estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal (MPF).
Apesar do presidente não ter se manifestado em nenhuma de suas agenda ssobre o assunto, o filho 01 do presidente e coordenador de sua campanha para reeleição, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse que o chefe do Executivo tomou a decisão ainda na terça-feira (28), quando começaram as denúncias.
Em entrevista ao Estadão na semana passada, ele afirmou que Bolsonaro conversou com Guimarães e disse: “'olha, Pedro, não dá; tão acusando você aí'... e o Pedro de pronto entendeu, já foi conversar sabendo que isso deveria acontecer”.
No ano passado, Guimarães se envolveu em outro momento controverso de sua administração. Ele colocou funcionários do banco para fazer flexões durante uma confraternização de fim de ano da instituição em um hotel em Atibaia (SP). Entidades de classe reagiram de maneira diante do caso e classificaram a ação como assédio moral.