Em visita a Cruz das Almas, Feira de Santana e Maragogipe, no interior da Bahia, ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou para propagandear junto aos seus eleitores a queda no preço da gasolina. Além disso, aproveitou para reforçar a defesa de pautas ideológicas e críticas a governadores.
Em Cruz das Almas, ele atacou o governador Rui Costa, do PT, que subscreveu um recurso à Justiça contra a lei que limita em 17% a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e energia. "O mundo todo tem problemas, em especial com combustíveis e preços de alimentos. Mas estamos superando isso. No Brasil todo, já começa a cair o preço dos combustíveis. Infelizmente, na Bahia, o governador não quer reduzir o preço dos combustíveis. Entrou na Justiça, mas vai perder. Vai ganhar o nosso povo", disse, sendo ovacionado.
Bolsonaro também voltou a dizer que o vermelho — cor da bandeira do PT — simboliza as coisas negativas que acontecem no Brasil. "Encontrar nosso Brasil pintado com as cores verde e amarela, as cores do trabalho, da esperança e da prosperidade. O vermelho significa tudo de ruim que acontece em nosso Brasil", provocou.
Já em Feira de Santana, em visita às obras do Rodoanel, voltou a falar sobre a queda no preço da gasolina. Questionou os apoiadores se estavam gostando da redução e afirmou que o crédito pela proposta de redução de ICMS nos combustíveis é da sua gestão. E novamente criticou os governadores do Nordeste que foram à Justiça, desta vez acusando-os de quererem "extorquir o contribuinte brasileiro". Porém, não citou que os Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul também protocolaram a ação contra a redução abrupta da incidência do imposto na gasolina.
Na última agenda no estado, em Maragogipe, Bolsonaro deixou para fazer exortações ideológicas à sua base. "Acreditamos em Deus, defendemos a família, somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero e somos contra a liberação das drogas. Nós respeitamos, acima de tudo, a vontade de cada um de vocês", observou. O presidente também chamou a atenção para o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e do vale-gás, cuja proposta de emenda constitucional foi aprovada no Senado.