Rivalidade engata em SP

Com Fernando Haddad na mira, candidaturas de Tarcísio de Freitas (afilhado de Bolsonaro) e Rodrigo Garcia (que busca a reeleição) estão confirmadas

Fábio Grecchi
postado em 31/07/2022 00:01
 (crédito: pacifico)
(crédito: pacifico)

A corrida eleitoral começou a engatar em São Paulo com a confirmação das candidaturas de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes. Em comum, um único inimigo: Fernando Haddad (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto no estado — a mais recente, do Instituto Badra Comunicação, divulgada na última segunda-feira, coloca o petista com 41,3% contra 17,9% do ex-ministro da Infraestrutura e 13,1% do tucano.

Na confirmação de Tarcísio, além da presença de Jair Bolsonaro (PL), que fez novo discurso convocando seus apoiadores para o 7 de Setembro — leia na página 4 —, e da primeira-dama Michelle, compareceram fieis aliados do presidente (como os deputados Carla Zambelli e Daniel Silveira, além do ex-número 1 da Fundação Palmares, Sergio Camargo) e recém-convertidos ao bolsonarismo (como Eduardo Cunha).

Tarcísio evitou, em seu discurso, citar diretamente Haddad e disse que "a gente dá um novo passo na caminhada da direção de uma nova era, uma era de esperança, de acolhimento das pessoas que precisam do suporte do estado, uma era de inovação, de sustentabilidade. Nós precisamos transformar o estado de São Paulo e nós vamos fazer isso juntos".

Já Garcia, no evento de confirmação de candidatura à reeleição, não deixou Haddad de fora e inflamou os apoiadores com críticas ao petista, que não conseguiu ser reeleito quando disputou mais um mandato à prefeitura paulistana. "Teve a oportunidade de governar a cidade e, depois, quando foi avaliada a sua administração, tomou cartão vermelho. Foi para a casa, perdeu para branco e nulo", lembrou.

Isso não quer dizer que também não tenham sobrado críticas para Tarcísio, com o qual aparece tecnicamente empatado nas pesquisas de intenção de votos. O governador fez questão de enfatizar que ele é um forasteiro — o ex-ministro é carioca de nascimento. "Meus adversários estão vindo para dividir o nosso estado. Não quero divisão, quero união. Não quero dividir, quero somar", atacou, referindo-se também à polarização protagonizada por Bolsonaro (padrinho político de Tarcísio) e Luiz Inácio Lula da Silva (que respalda Haddad).

No evento, compareceram tucanos recém-convertidos como os ex-bolsonaristas Joice Hasselmann e Alexandre Frota.

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