O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 13,3 pontos de vantagem sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) na etapa de Minas Gerais da corrida rumo ao Palácio do Planalto. O petista tem 44,8% das intenções de voto, contra 31,5% do atual chefe do poder Executivo federal. Os números estão em pesquisa do Instituto F5 Atualiza Dados, divulgada com exclusividade pelo Estado de Minas neste sábado (30/07).
Depois dos líderes, três candidatos estão tecnicamente empatados, por causa da margem de erro de 2,5 pontos, para mais ou para menos, do levantamento. O grupo é encabeçado por Ciro Gomes, do PDT, que soma 2,9%. Depois, aparecem o deputado federal André Janones (Avante), com 2,4%, e a senadora Simone Tebet (MDB), com 0,8%.
Outros sete presidenciáveis, também tecnicamente empatados entre si - e, também, com Tebet e Janones -, formam o terceiro pelotão do recorte mineiro da eleição nacional. O coach Pablo Marçal, do Pros, e a cientista social Vera Lúcia, do PSTU, têm 0,6% cada. Depois, há o cientista político e empreendedor Felipe d'Avila, do Novo, que tem 0,2%. Marçal e Vera empatam, ainda, com Ciro.
Com 0,1% aparecem a economista Sofia Manzano (PCB), o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil) e o ex-deputado constituinte José Maria Eymael (DC). Leonardo Péricles, integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e candidato da Unidade Popular (UP), não pontuou.
O levantamento registrou, ainda, 8,8% de indecisos. Outros 6,9% avaliam a possibilidade de votar nulo ou em branco. As abstenções correspondem a 0,2% do total de entrevistados.
Os números correspondem ao recorte estimulado, em que os eleitores são instados a opinar a partir de uma lista predefinida de eventuais candidatos.
Domilson Coelho, diretor-executivo do Instituto F5 Atualiza Dados, diz que Minas Gerais será importante no pleito nacional por ser dona do segundo maior colégio eleitoral do país.
Para ele, o estado tende a reproduzir a polarização vista Brasil afora. A ausência da consolidação de um nome alternativo a Lula e Bolsonaro, conforme Domilson, contribui para o desenho atual.
"O eleitor que esperava um nome da terceira via está optando entre Lula e Bolsonaro. Ele vê quem tem mais simpatia ou quem aceita mais para definir o voto", explica.
- Leia também: Nova pesquisa em Minas: Zema tem 44,5% e Kalil 26,8%
Indecisos à frente em cenário espontâneo
O Instituto F5 fez, ainda, uma sondagem espontânea, permitindo aos eleitores a citação livre do candidato desejado para ocupar a presidência. Nesse cenário, embora Lula tenha angariado 22,9% da preferência, há 40,2% de indecisos. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu 17,6% das menções.
Outros postulantes estão tecnicamente empatados na cena espontânea. À frente em termos numéricos, vai Ciro Gomes (1,2%). Depois, aparecem Simone Tebet (0,6%), Pablo Marçal (0,4%) e André Janones (0,3%). Os demais presidenciáveis não pontuaram.
Romeu Zema (Novo) governador mineiro e candidato à reeleição, foi citado por 0,1% dos participantes mesmo sem estar na disputa pelo Planalto. João Amoêdo, presidenciável do Novo na eleição passada, obteve igual índice - ele não estará no páreo neste ano.
Registrados, também, 8,5% de potenciais nulos/brancos. Outros 8,1% não responderam.
Lula vence Bolsonaro no segundo turno
Os pesquisadores testaram, também, um segundo turno com a presença de Lula e Bolsonaro. A vitória no confronto direto é do petista, com 49,2% das intenções de voto, ante 36,2% conquistados pelo adversário. A reboque do embate, há 8,9% de brancos/nulos, 4,4% de indecisos e 1,3% de abstenções.
O palanque de Lula em Minas já está definido. Ele caminhará ao lado do PSD, que apresentou as candidaturas de Alexandre Kalil ao governo e de Alexandre Silveira ao Senado.
No plano nacional, o ex-presidente não deve ter o apoio dos pessedistas no primeiro turno. Apesar disso, constrói frente que, além do PT, terá PV, PCdoB, PSB, Rede Sustentabilidade, Psol e Solidariedade.
Bolsonaro, por sua vez, articula um cordão formado por partidos ligados ao Centrão. Ao lado dele, devem estar, por exemplo, PP e Republicanos. Em Minas, o PL apresentou o senador Carlos Viana como pré-candidato, mas ainda não o oficializou no páreo. Marcelo Álvaro Antônio, outro liberal, deseja disputar o Senado pelo estado - ele também não teve a candidatura ratificada.
Paralelamente, Romeu Zema, embora tenha sido cortejado publicamente por Bolsonaro e admita a possibilidade de uma aliança estadual com o PL, tem pregado lealdade a Felipe d'Avila.
O nível de confiança dos resultados vistos na pesquisa F5/EM é de 95%. Para a obtenção dos números, foram feitas 1.625 entrevistas presenciais entre os dias 25 e 28 de julho. A sondagem está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números MG-09704/2022 e BR-05714/2022.
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