O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, disse que a Justiça não vai aceitar violência política e desinformação durante o pleito deste ano. Em reunião com juristas, ontem, o magistrado também ressaltou que a Corte está preparada para combater as adversidades.
"Não toleraremos violência eleitoral, subtipo da violência política. A Justiça Eleitoral não medirá esforços para agir, a fim de coibir a violência como arma política e enfrentar a desinformação como prática do caos", frisou.
Segundo Fachin, "o TSE não está só, porquanto a sociedade não tolera o negacionismo eleitoral". Ele destacou, ainda, que não há registro de fraude nas eleições brasileiras. "O ataque às urnas eletrônicas como pretexto para se brandir cólera não induzirá o país a erro. Há 90 anos, criamos a Justiça Eleitoral para que ela conduzisse eleições íntegras, e o Brasil confia na sua Justiça".
O ministro reiterou que o tribunal terá atuação rigorosa durante as eleições. "Amarrada à Constituição e à institucionalidade, qual Ulisses, de Homero, a Justiça Eleitoral não se fascina pelo canto das sereias do autoritarismo, não se abala às ameaças e intimidações", disse. De acordo com Fachin, é preciso "obstar que um grande ocaso novamente se abata sobre o Brasil".
O magistrado não citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas as declarações foram interpretadas como um recado direto ao chefe do Executivo, que insiste em atacar o sistema eleitoral e os ministros da Corte e do Supremo Tribunal Federal (STF). (LP)
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