MDB, PSDB e Cidadania realizam, amanhã (27/7), suas convenções nacionais para referendar a chapa liderada por Simone Tebet (MDB-MS) ao Planalto. A confirmação ocorre após período turbulento para a pré-candidata, com movimentação de ala emedebista para suspender a convenção e consolidar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O MDB realizará sua convenção de forma virtual, a partir das 11h. A federação PSDB-Cidadania o fará no mesmo horário, de forma híbrida, com votação tanto na sede tucana em Brasília quanto virtualmente, em plataforma própria.
A confirmação de Tebet como candidata é dada como certa, apesar da divergência interna de seu partido. Mesmo com a judicialização feita por membro do diretório emedebista de Alagoas, a reunião está mantida. Nesta terça (26/7), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, negou o pedido para suspender a convenção.
Há, porém, uma indefinição de quem será o indicado para compor a chapa como vice. O acordo inicial entre as legendas é que a escolha seja feita pelo PSDB, e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é o favorito. Jereissati é, inclusive, preferência pessoal de Tebet. Nos bastidores, corre a possibilidade de o senador cearense não topar a composição. Não há expectativa de que a escolha do vice seja feita amanhã.
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Conflito no Rio Grande do Sul estremeceu aliança
Parte do PSDB vê com desânimo os resultados da emedebista nas pesquisas de intenção de voto. Enquanto a expectativa com a escolha de seu nome para a candidatura única da terceira via era baseada em seu potencial de crescimento e baixa rejeição, Tebet não deslanchou ainda.
Além disso, os tucanos deixaram claro que a boa vontade na aliança com o MDB estava ligada ao apoio ao ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul. Às vésperas das convenções, o diretório nacional emedebista não conseguiram desatar o nó causado pela velha guarda do partido no estado, que insiste em ter candidatura própria e se recusa a apoiar Leite. Isso pode se refletir na votação de amanhã.
Outro fator que pode minar a chapa é o esforço de Lula para angariar apoio a sua candidatura. Além de se reunir pessoalmente com caciques do MDB e receber apoio de 11 diretórios estaduais da legenda, Lula também se aproxima de quadros do PSDB. Amanhã (27/7), mesmo dia da convenção, Tasso Jereissati se reunirá com o ex-presidente para, a princípio, discutir a aliança no Ceará. Os dois políticos têm uma relação cordial e já se reuniram em outras ocasiões.
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