GOVERNO X CONGRESSO

Mourão sobre arquivamento de CPI: "Era muita espuma e pouco chope"

O vice-presidente Mourão defendeu ainda que a CPI não contava com um conjunto de provas robustas

Ingrid Soares
postado em 26/07/2022 12:59 / atualizado em 26/07/2022 12:59
 (crédito: Bruno Batista/VPR)
(crédito: Bruno Batista/VPR)

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) defendeu, nesta terça-feira (26/7), o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) que sugeriu que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive uma das investigações preliminares sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) aberta na CPI da Covid no Senado. Para o general, a CPI se tornou um "palanque" e não contava com um conjunto de provas robustos.

"A CPI deixou de analisar efetivamente quais teriam sido as ações do governo no combate à pandemia. Se focou em cima de pseudocasos de corrupção e acusações em cima do presidente, que, no fim das contas, são infundadas. Não adianta ficar acusando sem você ter um conjunto de provas robustos. E aí o processo não anda. Então virou mais um palanque político-eleitoral", disse a jornalistas, na chegada ao Palácio do Planalto.

"Se tivesse prova robusta, a PGR iria tocar para frente o processo. Mas não tem. A gente acompanhou aquele trabalho ano passado. Era muita espuma e pouco chope naquilo ali", concluiu. A manifestação foi assinada pela vice-PGR, Lindôra Araújo, e enviada à Corte ontem (25/7). Ela afirmou que não vê como responsabilizar Bolsonaro, conforme indicou a CPI.

Além da conduta relacionada à medida sanitária, a CPI também pediu o indiciamento do presidente por outros crimes, como charlatanismo, prevaricação e crime de responsabilidade. Na representação, Araújo diz que a responsabilização penal para o presidente dependeria da comprovação dos fatos e defendeu a saúde coletiva.

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