Eleições 2022

Avante confirma André Janones como candidato: "Diminuir a desigualdade"

Deputado federal surpreendeu nas pesquisas no fim do ano passado e fez discurso pautado em redução de desigualdades e na defesa do auxílio de R$ 600 permanente

Raphael Felice
postado em 23/07/2022 16:52 / atualizado em 23/07/2022 16:56
 (crédito: Câmara dos Deputados)
(crédito: Câmara dos Deputados)

O Avante oficializou o deputado federal André Janones como candidato do partido à presidência da República nas eleições de 2022 durante convenção do partido realizada neste sábado (23/7), no Minascentro, centro de convenções localizado na capital mineira, Belo Horizonte.

Popular nas redes sociais, Janones apareceu como surpresa nas pesquisas de intenção de voto no começo deste ano. Segundo a última pesquisa Datafolha, o deputado federal é o quarto colocado em intenções de voto, com 2%. 

O advogado de 38 anos disse que decidiu se candidatar após ter pontuado bem em uma pesquisa do Ipec em dezembro do ano passado. A partir daí, passou a se colocar como uma opção diferente da polarização Lula-Bolsonaro.

O candidato discursou por cerca de uma hora e afirmou ter “compromisso com o povo”. Defendeu uma reforma tributária com os mais ricos pagando mais impostos que os mais pobres e falou sobre redução da desigualdade social, colocando a manutenção de um programa de assistência social com renda de pelo menos R$ 600 por mês - que pode aumentar de acordo com o tamanho da família.

“Durante a luta pelo auxílio emergencial, eu descobri a falácia do 'ensinar a pescar e não dar o peixe'. Eu descobri que nós temos que, no Brasil, praticar a política do 'e' e não do 'ou'. Não é dar o peixe ou ensinar a pescar, mas dar o peixe e ensinar a pescar", disse Janones.

"Só de poder dizer que temos um projeto para o país já faz tudo valer a pena. Hoje temos um processo que contempla todas as áreas: saúde, segurança, educação, agro. Todas as áreas e todos com a mesma mensagem e o mesmo objetivo: a diminuição da desigualdade social no Brasil", acrescentou.

O candidato também contestou um comentário do ministro da Economia Paulo Guedes, que disse que um pagamento de R$ 600 de auxílio desencorajaria o povo a trabalhar.

"É mentira o que o ministro da Economia disse sobre o povo brasileiro: "se pagar R$ 600, não vai querer trabalhar'. O povo brasileiro é honesto e trabalhador", disse Janones, que ainda ressaltou que após anos relutando, o governo federal decidiu aumentar o Auxílio Brasil nas proximidades das eleições.

"De 15 dias para cá, da noite para o dia o presidente passou a defender auxílio de R$ 600. Então, populistas e demagogos não éramos nós. O tempo passou e mostrou quem estava com a verdade [...] nosso plano é manter um investimento permanente e não eleitoreiro com data de validade como a gente tem hoje no nosso país”, contestou.

Janones também fez críticas ao modelo de investimento na educação brasileira. Segundo o candidato, o foco dos recursos públicos não deve ser destinado "só ao ensino superior".

"Precisamos de uma educação básica de qualidade. Chega de investir só no ensino superior. A gente precisa formar pessoas capacitadas. Hoje com o mercado digital você tem muitas opções fora das universidades. Não estou defendendo parar de investir nas universidades, defendo também um amplo investimento, mas tomando cuidado com o ensino básico", argumentou.

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