O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou, nesta sexta-feira (22/7), ao ser questionado sobre prestar solidariedade às vítimas da operação no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.
"Você que se solidarize com essas pessoas, tá ok?", disse a jornalistas enquanto visitava um posto de gasolina para celebrar a queda no preço dos combustíveis.
Bolsonaro foi novamente questionado sobre os mortos, entre eles, uma mãe. “Não vou entrar em detalhes. Se essa mãe é inocente... Se eu for ligar para todo mundo que morre todo dia eu tô… Esse fato deu repercussão, é um cabo paraquedista, é meu irmão e ponto final, ok. Parabéns a Polícia Militar lá”, completou.
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Em live na noite de ontem, o chefe do Executivo lamentou apenas a morte do cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa durante a operação. Outras 18 pessoas também faleceram no confronto, mas não foram citadas pelo presidente. A operação empatou com a terceira mais letal da história do Rio. A 19ª morte, uma moradora identificada como Solange Martins, foi confirmada hoje.
Ainda ontem, o chefe do Executivo caracterizou o caso como "um fato lamentável" decorrente de "confronto com bandidos". Na ocasião, mostrou uma folha com a foto impressa em preto e branco do policial.
"A fotografia dele: até quando vi aqui me emocionei, meu colega paraquedista. Deve ter feito o curso enquanto serviu na comunidade da brigada paraquedista", prosseguiu.
Também faleceu durante o confronto Letícia Marinho Salles, 50 anos. Segundo parentes que a acompanhavam, o carro em que estavam foi alvejado por um policial. No momento do disparo, o veículo estava parado em um sinal de trânsito após terem saído da comunidade. De acordo com as Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, entre os falecidos, 16 pessoas são suspeitas.
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