O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, foi ao Twitter, nesta segunda-feira (18/7), para reprovar o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos novos ataques às urnas eletrônicas e ao Supremo Tribunal Federal promovidos durante um evento oficial com embaixadores de cerca de 40 países.
Ciro definiu as declarações de Bolsonaro realizadas hoje durante a reunião como “horrendo espetáculo", e afirmou que após o ocorrido, o chefe do Poder Executivo não pode mais continuar no cargo e que nunca em toda a história moderna do mundo, o presidente de um país democrático de relevância, como o Brasil, teve um episódio semelhante.
Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral.
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 18, 2022
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 18, 2022 ">
Ciro Gomes afirmou ainda que Bolsonaro cometeu “vários crimes de responsabilidade” durante as falas expostas na reunião e que “não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso''.
Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado.
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 18, 2022
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As declarações de Bolsonaro também foram criticadas por outros presidenciáveis, como Simone Tebet e o ex-presidente Lula.
Saiba Mais
Na tarde de hoje (18/07), o presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião diplomática com transmissão ao vivo pela TV estatal para fazer ataques ao processo eleitoral com base em teorias da conspiração e sem apresentar provas. O mandatário chegou a dizer que as eleições municipais de 2020 não deveriam acontecer e voltou a usar um inquérito sigiloso sem conclusão da Polícia Federal para corroborar a tese.
Após o encontro, a Secretaria Especial de Comunicação Social divulgou uma nota apontando que Bolsonaro "sublinhou aos titulares e representantes diplomáticos presentes seu desejo de aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro. Enfatizou que a prioridade é assegurar que prevaleça, de modo inquestionável, a vontade do povo brasileiro nas eleições que se realizarão em 2 de outubro próximo".
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