O presidente Jair Bolsonaro exaltou na noite deste sábado, 16, as ações de seu governo para ajudar na recuperação da economia após a pandemia do coronavírus, em discurso no evento Marcha para Jesus, em Fortaleza. "Criamos programas para não perdemos empregos no Brasil. Hoje vocês veem a economia reagindo, passamos agora há pouco da 13ª para a 10ª economia do mundo", disse.
Em referência ao projeto de lei que estabeleceu um teto de 18% para os combustíveis, energia, telecomunicações e transporte, o presidente ressaltou que junto com o Congresso, fez sua parte para possibilitar a redução do preço dos combustíveis.
Essa foi a primeira vez que o presidente participou do evento na cidade. Ao lado dele, também participaram a deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, e o pré-candidato ao governo cearense, Capitão Wagner (União Brasil).
Às vésperas da eleição e atrás do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro participou do evento em Fortaleza dentro da sua agenda de pré-campanha, no Nordeste, em busca da reeleição ao Planalto no pleito de outubro deste ano. Pela manhã, esteve em Natal, no Rio Grande do Norte, onde participou de uma missa.
Em Fortaleza, endossou vaias ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu apoio a aliados políticos. "Essa é a voz do povo, a voz do povo é a voz de Deus", disse o presidente após seus apoiadores vaiarem uma fala na qual ele cita o STF.
Na fala, o presidente afirma que os problemas herdados por seu governo não são de hoje e que vêm de décadas, e que antes muitos não se envolviam com política, mas "hoje vocês sabem o que é a Câmara dos Deputados, o que é o Senado federal, o que é o Poder Executivo, e sabem também o que é o Supremo Tribunal Federal", declarou.
O presidente também pediu apoio à pré-candidatura do deputado licenciado, Capitão Wagner (União Brasil), ao governo cearense. "Se o Brasil tem problema, chama o capitão, se o Ceará tem problema, chama o capitão", disse. O bolsonarista Alex Ceará, pré-candidato a deputado estadual, também recebeu o aval do presidente durante o evento com evangélicos.
Bolsonaro também relembrou a facada sofrida em Juiz de Fora-MG durante sua campanha no pleito de 2018, e disse que sobreviveu pela proteção de Deus. "Isso não é sorte, isso é a mão de Deus". Ainda, segundo o presidente, a sua permanência no governo se deve à bênção divina. "A minha permanência, a minha existência não seria possível sem a mão de Deus", disse.
Em críticas à esquerda, o presidente também afirmou ser "presidente de todos, até dos que ostentam bandeira vermelha com foice e martelo no centro". Ele também voltou a dizer que é preciso estar atento para que o Brasil não siga o mesmo caminho de países sul-americanos como a Colômbia, que recentemente voltou a ter como chefe do executivo um presidente de esquerda.
Bolsonaro disse ainda que falar de fim da corrupção não é virtude. "É obrigação."
A Marcha Para Jesus e outros eventos religiosos, que concentram parte dos seus apoiadores, têm sido os principais palcos políticos para Bolsonaro.
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