Em discurso em Juiz de Fora nesta sexta-feira (15/7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou para atacar o opositor político, o ex-presidente Lula. Durante participação no culto da 43ª Convenção Estadual das Assembleias de Deus (CONAMAD), evento evangélico, o chefe do Executivo comparou o Brasil a um carro esportivo de luxo e o petista a um "navalha", expressão que faz referência a um mau motorista.
“Escolhas erradas levam a políticas erradas. Querem botar um navalha para dirigir essa Ferrari chamada Brasil? Vai capotar”, alegou.
Bolsonaro disse ainda que a gestão PT teve “de dois a quatro casos de corrupção orgânica toda semana” e que é preciso dar valor à liberdade.
“Nas delegacias, atrás dos xadrezes, tá lá os presos, geralmente na frente está escrito ‘Aqui se dá valor à liberdade’. E nós? Hoje em dia, estamos dando valor à nossa liberdade?”, questionou.
O chefe do Executivo apontou que Lula quer regular as redes sociais. “Um homem ou uma mulher preso não tem vida. O jovem sem o celular não consegue viver mais. E parece que alguns querem eleger um carrasco para a sua vida, nós devemos aprender com os erros dos outros”.
E prosseguiu pedindo aos eleitores que votem com a razão e não com o coração ou por raiva. “Nós somos escravos das nossas escolhas. E temos escolhas pela frente. É um casamento, é a decisão de ter filhos, de comprar um imóvel, de votar. ‘Vota com o coração, com raivinha, com o fígado’. Ah! Tem que ser com a razão. Vote em quem bem entender, mas tem que ser com a razão. Alguns querem botar para dirigir a nação uma pessoa comprovadamente corrupta e parece que fica coçando a mão”. “Tem gente que acha que vai dar certo, não tem como dar certo”, emendou.
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"Prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica"
A exemplo de outras ocasiões, Bolsonaro desabafou com o público evangélico afirmando não ter uma vida perfeita e que o cargo de presidente o faz viver como um “presidiário em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica”. E relatou ter ‘fugido’ de moto ao menos em três ocasiões.
“Alguém acha que a minha vida é boa? Não estou reclamando dela, vivo lá no Alvorada como se fosse um presidiário em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. Pelo menos três vezes fugi da presidência de moto e fica a segurança maluca atrás de mim. Não aguentei mais dei um grito lá ‘que se exploda’. Vou fazer mais vezes ? Talvez”, disse sob risos dos espectadores, concluindo ser “um presidente voluntário”.
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