Investigação

Não houve crime político em morte do tesoureiro do PT, conclui polícia

Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe; cabe ao Ministério Público fazer a denúncia

Thays Martins
postado em 15/07/2022 12:13
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A Polícia Civil do Paraná indiciou, nesta quinta-feira (14/7), o bolsonarista Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum pela morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. 

A conclusão da polícia é de que não houve motivação política no crime. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Camila Cecconello, em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (15/7), para enquadrar em crime político seria necessário provar que o assassino queria impedir os direitos políticos da vítima.

Marcelo Arruda foi morto no domingo (10/7) na própria festa de aniversário que tinha como tema o ex-presidente Lula e o PT. Jorge Guaranho também foi baleado e ainda está no hospital.

Segundo a delegada, Guaranho recebeu a informação sobre a festa temática quando estava em um churrasco. Após sair do evento, ele teria ido ver a movimentação da festa. Lá, ele teria colocado para tocar no carro uma música em apoio ao presidente Bolsonaro. Nisso, Marcelo Arruda saiu da festa e começou a discussão. Com isso, Guaranho foi embora, mas resolveu voltar. Foi então, que ele teria entrado na festa e apontado a arma para Arruda. O petista também teria apontado a arma para o bolsonarista. O primeiro disparo teria sido feito por Guaranho, que em seguida também foi acertado por um tiro de Arruda.

Durante o inquérito, a polícia ouviu 17 pessoas e vídeos das câmeras de segurança foram analisados. As imagens mostram os dois trocando tiros. Agora, o Ministério Público do estado deverá fazer a denúncia para ser instaurado o processo. 

 

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