Na mira, o voto feminino

Correio Braziliense
postado em 14/07/2022 00:01

Pressionado pela campanha à reeleição a melhorar a interlocução com as mulheres — segmento do eleitorado em que enfrenta grande rejeição —, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, ontem, a evangélicos que tem aprendido a se aproximar mais das mulheres.

"Não é fácil administrar um país. Tenho aprendido muito nos últimos quatro anos. Inclusive, ceder, em algum momento, me aproximar mais das mulheres. São a nossa âncora. Nenhum de nós pode ser feliz sem uma mulher ao nosso lado", declarou o presidente em evento da Assembleia de Deus em Imperatriz, município do Maranhão.

Em um discurso longo em defesa de valores conservadores, Bolsonaro repetiu que família é homem, mulher e prole, o que desconsidera outros arranjos familiares reconhecidos em lei, e voltou a destacar a nomeação de um "terrivelmente evangélico" para o Supremo Tribunal Federal (STF) — no caso, o ministro André Mendonça.

"Indicamos e temos um pastor, que também é ser humano, pode errar. Mas, tenham certeza, as pautas conservadoras estarão com ele. O ativismo judicial, acredito, não será aprovado porque esse pastor tem poder de pedir vista a processos. É um freio que colocamos lá dentro", disse o presidente sobre o magistrado.

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