Em encontro reservado de Lula com artistas do DF, nesta quarta-feira (13/7) pela tarde, no Meliá Cultural, uma confusão se prolongou na entrada do evento após a segurança fechar a porta para um grupo de artistas negras da cidade. Uma delas chegou a bater na porta de vidro tamanha a indignação diante da atitude.
“O estado todo puxando, quando for eleito o grêmio vai estar com os artistas tocando na comemoração. O 7 na roda, Martinha do Coco (que estavam no local). Aqui tem mulheres negras, mulheres de santo, povo do samba, nossos nomes não foram respeitados”, reclamou uma das artistas.
Os artistas foram convocados de acordo com o mapeamento feito pelos diretórios locais (dos partidos envolvidos na federação da esquerda — composta por PT, PV e PCdoB diretórios regionais). Todos os artistas receberam convites. Com o evento, a campanha pretendia associar a imagem nacional de Lula a do pré-candidato ao governo do DF, Leandro Grass (PT).
“A gente sabe escrever também. Enquanto isso nós vamos escrever um texto e mandar para algum lugar”, indicou um dos presentes, que trabalha na área de eventos. As artistas afirmavam que 40 pessoas tinham passado na frente, após serem escolhidas por pessoas da organização.
Com a inflamação do momento, a segurança do evento admitiu o erro e classificou como “um problema político”.
Foi explicado que o cerimonial fez uma lista com 390 pessoas, quando a capacidade do local era de 260. Por esse motivo, haviam pessoas de pé, sentadas na frente do palco, nos corredores e não poderiam passar mais pessoas para dentro.
Wilmar Lacerda, chefe de gabinete do líder do Senado, foi até a porta e tentou dialogar com as artistas para chegarem a um acordo. Algumas pessoas que estavam dentro do evento foram retiradas — escolhidas pelo próprio cerimonial — para que o grupo entrasse.
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