Congresso Nacional

PF apura fraude no sistema da Câmara: "Ocorrência sem precedentes"

PF foi acionada para investigar queda da internet e instabilidade do sistema durante a votação da ''PEC Kamikaze''

Fernanda Strickland
postado em 13/07/2022 10:45 / atualizado em 13/07/2022 10:45
 (crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
(crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Ainda na noite de terça-feira (12/7), após a votação da "PEC Kamikaze” — proposta do governo que concede uma série de benefícios sociais às vésperas das eleições —, ser suspensa, agentes da Polícia Federal estiveram na Câmara dos Deputados devido à queda da internet e de o sistema da Casa apresentar inconsistências durante a votação da PEC.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), suspendeu a votação dos destaques da PEC e o segundo turno e solicitou uma investigação da PF. As equipes da Polícia Federal chegaram ao Complexo Avançado da Câmara por volta das 22h desta terça-feira e deixaram o local pouco depois das 3h desta quarta-feira (13/7).

Em nota, a PF informou que abriu investigação para apurar falhas na internet e inconsistências no sistema de votação da Casa e que, após o acionamento, uma equipe técnica esteve no local e fez as primeiras verificações. "A área técnica da Câmara dos Deputados verificou instabilidade no sistema de votação remota a partir das 19h. A situação se agravou rapidamente, suspendendo qualquer possibilidade de votação à distância, inclusive com a queda da rede wi-fi”, disse a corporação.

“Foram interrompidos simultaneamente os dois links de internet, fornecidos por empresas distintas. Trata-se de uma ocorrência grave e sem precedentes. Para assegurar que todos os deputados exerçam seu legítimo direito de voto, foi suspensa a sessão e determinada a investigação imediata das causas e responsabilidades da pane do sistema", completou a PF.

De acordo com Arthur Lira, se o problema tiver sido causado internamente, a Câmara buscará punir os responsáveis.

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