CÂMARA DOS DEPUTADOS

Mesmo após falha em votação, "PEC das bondades" é aprovada em 1º turno

Apesar da vitória na primeira etapa, deputados governistas acusaram fraude na votação; para acelerar tramite da proposta, sessão continua

Tainá Andrade
postado em 12/07/2022 21:11 / atualizado em 12/07/2022 21:12
A votação da PEC das bondades começou e, enquanto os líderes orientavam, houve uma queda na conexão da internet na Câmara -  (crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)
A votação da PEC das bondades começou e, enquanto os líderes orientavam, houve uma queda na conexão da internet na Câmara - (crédito: Elaine Menke/Câmara do Deputados)

A "PEC das bondades", que entregará benefícios sociais e aumentará o Auxílio Brasil, foi aprovada em primeiro turno, na noite desta terça-feira (12/7), na Câmara dos Deputados. Foram 393 votos a favor, 12 contra e duas abstenções, totalizando 407.

Conhecida como PEC Kamikaze e rechaçada, há meses atrás, pelo ministro da economia, Paulo Guedes, o governo mudou de ideia e trabalhou para obter um quórum para aprovação nesta terça. A pressa tem dois motivos: o recesso parlamentar e o prazo para que os programas sociais beneficiados pela PEC comecem a mostrar o efeito a partir de agosto, antes das eleições.

Um acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a oposição, em uma reunião, na manhã desta terça, inverteu a ordem das votações da PECs. Lira abriu a sessão avisando que iria votar o primeiro turno da PEC 11, que instituiu um piso salarial para a categoria da enfermagem.

Ele também impôs um horário determinado para encerrar essa etapa. “Conto com a colaboração dos líderes”, avisou. A primeira matéria foi aprovada e a estratégia funcionou: o quórum aumentou consideravelmente.

A votação da PEC das bondades começou e, enquanto os líderes orientavam, houve uma queda na conexão da internet na Câmara, o que não permitia que os deputados votassem remotamente. Lira explicou que os dois servidores instalados na Câmara — de empresas diferentes — apresentaram instabilidade.

Desse modo, os líderes iniciaram uma empreitada atrás dos deputados para que votassem presencialmente e aprovassem o texto. A sessão finalizou com uma acusação dos parlamentares governistas de que tinha tido fraude nas votações.

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