As Forças Armadas enviaram um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando dados como boletins de urnas, registro digital do voto e os logs das urnas das eleições de 2014 e 2018. No documento, os militares afirmam que as informações devem ajudar a "esclarecer e conhecer os mecanismos do processo eleitoral com a finalidade de permitir a execução das atividades de fiscalização do processo eleitoral".
O pedido endossa o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (PT), que insiste em atacar o sistema eleitoral brasileiro. Desde que foi eleito, o chefe do Executivo e seus apoiadores afirmam que as eleições de 2018 foram fraudadas e que a chapa teria ganhado em primeiro turno contra Fernando Haddad (PT). Ele chegou a sugerir que os militares fizessem uma apuração paralela nas eleições deste ano.
O tribunal deve responder em uma reunião técnica, que envolve também outras entidades fiscalizadoras. Durante 26 anos, não houve nenhum questionamento dos militares ao sistema eleitoral.
As Forças Armadas também pediram informes de urnas substituídas, de máquinas que estiveram em pendência e de comparecimento e abstenção das seções eleitorais. O ofício foi encaminhado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e a listagem assinada pelo chefe da equipe das Forças Armadas, o coronel do Exército Marcelo Nogueira de Sousa. Ele deve participar da fiscalização do processo eleitoral junto ao TSE.
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