O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu nesta terça-feira (12/07) manter a viagem prevista em Juiz de Fora na próxima sexta-feira (15/7). A informação foi confirmada hoje pelo senador Carlos Viana (PL-MG) e pelo deputado federal Marcelo Álvaro Antonio (PL-MG) após reunião com o chefe do Executivo no Palácio do Planalto.
A agenda anteriormente havia sido cancelada, segundo o senador, por conta de “choque de agendas”, uma vez que o presidente deseja acompanhar a votação da PEC das Bondades. Mas caso a medida seja aprovada ainda nesta terça-feira (12/7), a agenda deve se cumprir.
Será a primeira vez desde a facada durante a campanha eleitoral de 2018 que o presidente Bolsonaro retornará ao local. Ele deve participar de motociata e agendas religiosas.
“Há um choque de agendas, como eu disse, tem a questão da votação da PEC aqui, o presidente tem que acompanhar. Ela sendo votada hoje, promulga hoje ou amanhã. Já é a nossa intenção. Aí ele fica liberado para poder viajar como tinha sido programado antes”, relatou Viana.
Perguntado se havia preocupação com a segurança do presidente, o senador se disse “tranquilo” e que o caso de Foz de Iguaçu é pontual.
“Apesar de toda a discussão que há em torno disso politicamente, o governo está muito tranquilo de que não há esse acirramento como está lá. É uma questão isolada, esse é um assunto que está ligado àquelas duas pessoas. Pode ter um contexto, mas não tem nenhuma ligação de aumento de violência, nada disso. Não há sinais disso no Brasil. Porque, se houvesse, a Presidência seria um dos primeiros a se preocupar com um todo, mas não é isso. É uma questão que nós entendemos que está ligada só ao problema de Foz do Iguaçu, é pontual”.
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O parlamentar também publicou nas redes sociais que o presidente deve ir à cidade.
“Em reunião hoje pela manhã no Palácio do Planalto ficou confirmada a ida do @jairbolsonaro a #JuizdeFora no próximo dia 15/7”, escreveu.
Em reunião hoje pela manhã no Palácio do Planalto ficou confirmada a ida do @jairbolsonaro a #JuizdeFora no próximo dia 15/7.
— Senador Carlos Viana (@carlosaviana) July 12, 2022
Em várias ocasiões, Bolsonaro costuma citar a facada em Minas Gerais, onde diz ter “nascido de novo”. Em meio à tragédia envolvendo a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, ocorrido no último dia 9 em Foz do Iguaçu, o presidente tem comparado os casos.
“O cara faz um boletim de ocorrência, diz ele que [o agressor] chega lá gritando “sou Bolsonaro”. Eu não vi. E eles grafaram na Folha de S.Paulo: “bolsonarista mata”. Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL", disse nesta segunda.
Na mesma data, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o presidente voltou a comparar os casos.
“Vocês viram o que aconteceu ontem, né? Uma briga entre duas pessoas lá em Foz do Iguaçu. “Bolsonarista, não sei o que lá”. Agora, ninguém fala que o Adélio é filiado ao PSol, né?”, questionou.
Arruda foi morto a tiros no sábado (9/7) durante a própria festa de aniversário, de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo relatos, o atirador seria apoiador do presidente e invadiu a festa gritando o nome do político. Jorge José da Rocha Guaranho é o agente penitenciário que, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do estado, teria matado o guarda municipal. Ele está internado em estado estável em um hospital local.
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