O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (12/07) que antes da morte do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, ocorrido no último dia 9, houve um conflito entre ele e o policial penal federal, Jorge José da Rocha Guaranho. O chefe do Executivo ainda criticou os convidados de Arruda que estavam na festa de seu aniversário, dizendo que “petistas encheram a cara do atirador de chutes”.
“Grande parte da imprensa mostrou o tiroteio dentro do recinto, mas não mostrou o que aconteceu lá fora. Nada justifica a troca de tiros. Nada justifica. Mas lá fora está sendo concluída a investigação pela Polícia Civil. Talvez concluam hoje, talvez tenha uma coletiva. Para a gente ver que teve problema lá fora. O cara que morreu e estava lá fora jogou uma pedra no vidro no carro do lado de fora. Ele voltou e começou aquele tiroteio onde morreu o aniversariante. O outro foi ferido, ficou caído no chão e, o pessoal da festa, todos petistas, encheram a cara dele de chutes”, disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro ainda ironizou ter “violência do bem”. “Bem, a violência dos petistas era violência do bem. Chute na cara de quem está caído no chão. A gente não sabe direito o que aconteceu, mas as imagens demonstram os atos de violência dentro do recinto”, acrescentou.
O chefe do Executivo voltou a dizer que não apoia atos violentos. “A narrativa é de que eu estimulo a violência no Brasil. É isso mesmo? Então vamos lá. Em 2016, tivemos 61.000 mortes por arma de fogo no Brasil. No ano passado, tivemos 21.000 mortes por arma de fogo. Menos 20.000 mortes. Como meu governo estimula a violência?”, questionou.
Entenda a morte do petista
Arruda foi morto a tiros no sábado (9/7) durante a própria festa de aniversário, de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo relatos, o atirador seria apoiador do presidente e invadiu a festa gritando o nome do político. Jorge José da Rocha Guaranho é o agente penitenciário que, de acordo com o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil do estado, teria matado o guarda municipal. Ele está internado em estado estável em um hospital local.
Nesta segunda-feira (12/7), Bolsonaro voltou a afirmar que não apoia atos de violência e rebateu associações de seu nome ao caso. “O que eu tenho a ver com esse episódio de Foz Iguaçu? Nada”. Na mesma data, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse não ver conotação política na morte do guarda municipal e tesoureiro do PT e afirmou que casos como esse "ocorrem todo final de semana”.
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