TRAMITA NA CÂMARA

Bolsonaro nega viés eleitoreiro da PEC; medida pode ser votada amanhã

"Quando a gente apresenta uma maneira de ajudar os mais necessitados, diminuir preço de combustíveis, a PEC é eleitoreira? Meu Deus do céu! Não tem cabimento"

Ingrid Soares
postado em 11/07/2022 14:26
 (crédito: Reprodução/Facebook )
(crédito: Reprodução/Facebook )

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (11/7), que a PEC das Bondades, medida que prevê orçamento de R$ 41 bilhões (abarcando o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, além de voucher de R$ 1.000 para caminhoneiros autônomos), tenha viés eleitoreiro e apontou que é uma maneira de ajudar “os mais necessitados”. Segundo o chefe do Executivo, a proposta deve ser votada amanhã.


“Está nas mãos do Arthur Lira [presidente da Câmara], está previsto para ser votado amanhã. É uma PEC necessária. Vocês batem em mim, grande parte da imprensa, quando tivemos inflação aumentando, o que é verdade, foi no mundo todo, por causa da política do fica em casa. Quando a gente apresenta uma maneira de ajudar os mais necessitados, diminuir preço de combustíveis, a PEC é eleitoreira? Meu Deus do céu! Não tem cabimento”.


Confiante da aprovação, Bolsonaro também disse que, assim que a PEC for promulgada, deverá agilizar as operações para que os benefícios sejam pagos “o mais rápido possível, a população tem pressa nisso daí”.

Questionado sobre eventual contestação da PEC em meio ao período eleitoral, o presidente afirmou que “isso cabe à Justiça”. “Eu posso apertar o botão de emergência. Esse botão da emergência está apertado na própria PEC. Vivemos um momento atípico no mundo todo, não só pelas consequências econômicas da política errada do ‘fica em casa’, bem como de uma guerra quase do outro lado do mundo, que está trazendo reflexos no mundo todo.”


“É uma PEC bem-vinda, como foi a dos combustíveis, estava chegando a R$ 10 o litro da gasolina. E nós estamos com fiscalização, bem como alguns estados fiscalizando bastante para fazer com que o consumidor seja isento, realmente, daqueles impostos que foram zerados, no caso dos federais, ou diminuídos, no caso dos estaduais”, prosseguiu Bolsonaro.


A proposta estava prevista para ser votada em plenário no último dia 7, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidiu adiar por considerar que o quórum era insuficiente para avaliar a matéria. Na ocasião, haviam 427 dos 513 deputados. Para aprovar o texto seriam necessários 308 votos favoráveis.

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