Imagens de câmera de segurança captaram o momento em que o petista Marcelo Arruda é assassinado em Foz do Iguaçu, no Paraná, pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho. Arruda, que era guarda municipal, corre para dentro da festa, e se esconde, já com a arma funcional na mão. Jorge José chega logo depois, e atira contra o petista uma vez.
Em seguida, Marcelo reage e dispara diversas vezes na direção de Jorge, que cai no chão e é agredido por outras pessoas. Antes da ação, Jorge teria gritado "aqui é Bolsonaro", segundo testemunhas. Marcelo estava comemorando o aniversário de 50 anos, em festa temática do PT. O crime ocorreu por volta das 23h40 de sábado (9/7).
Segundo a mulher de Marcelo, Pamela Suelen Silva, a festa estava próxima do fim quando o policial penal invadiu o local. "É uma extrema estupidez tudo isso que aconteceu", disse, abalada, em entrevista à Globo News. Ainda de acordo com ela, a mulher do agressor e um bebê filho dele estavam dentro do carro e presenciaram o momento em que o homem grita palavras de apoio ao presidente.
A comemoração ocorreu na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, na Vila A. Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil do Paraná relata que o bolsonarista chegou ao local de carro e desceu armado, gritando: "Aqui é Bolsonaro!". Em seguida, deixou o local, mas cerca de 20 minutos depois voltou, sozinho e ainda armado. Guaranho atirou duas vezes contra o Marcelo Arruda, que revidou e também baleou o policial penal. Ainda de acordo com o documento, ninguém na festa conhecia o bolsonarista e ele não havia sido convidado.
Marcelo foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Já Jorge José está internado, estável, segundo familiares. A Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu investiga o caso para confirmar a dinâmica do crime e as motivações. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outros pré-candidatos e parlamentares também se manifestaram sobre o caso.
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