Candidatos à presidência e parlamentares comentaram o assassinato de um guarda municipal em Foz do Iguaçu (PR), morto a tiros no sábado (9/7) durante a própria festa de aniversário, de 50 anos, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo relatos, o atirador seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro e invadiu a festa gritando o nome do político.
Ciro disse que o ódio político precisa "ser contido", citando a morte de "dois pais de família" fruto de uma "guerra absurda, sem sentido e sem propósito", em comentário semelhante ao do ex-presidente Lula. "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas."
Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda, sem sentido e sem propósito.
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 10, 2022
É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas.
— Ciro Gomes (@cirogomes) July 10, 2022
O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil), que foi ministro de Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, também repudiou o que classificou como violência política, sem fazer qualquer referência direta ao caso, em manifestação na sua página oficial no Twitter. "Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso."
Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso.
— Sergio Moro (@SF_Moro) July 10, 2022
A senadora e pré-candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB-MS) disse, em nota, que lamenta profundamente as mortes violentas em Foz do Iguaçu. "Me solidarizo com as famílias de ambos. Mas o fato é que esse tipo de situação escancara de forma cruel e dramática o quão inaceitável é o acirramento da polarização política que avança sobre o Brasil. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. É contra isso que luto e continuarei lutando", declarou.
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Tebet disse ainda que tem certeza de que "nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana suficientemente sólido para reconstruir o Brasil. Que o caso de Foz do Iguaçu faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política”.
A senadora também falou no twitter, que "adversário não é inimigo".
Adversário não é inimigo. Que o caso de Foz do Iguaçu/PR faça soar o alerta definitivo. Não podemos admitir demonstrações de intolerância, ódio e violência política. Me solidarizo com as famílias de ambos. Esse tipo de conflito nos ameaça enormemente como sociedade. +
— Simone Tebet (@simonetebetbr) July 10, 2022
É contra isso que luto e continuarei lutando. Tenho certeza que nós, brasileiros, temos todas as condições de encontrar um caminho de paz, harmonia, respeito, amor e dignidade humana para reconstruir o Brasil.
— Simone Tebet (@simonetebetbr) July 10, 2022
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também comentou o caso. "O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie".
O assassinato de um cidadão, durante a comemoração de seu aniversário com a temática do candidato Lula, é a materialização da intolerância política que permeia o Brasil atual e nos mostra, da pior forma possível, como é viver na barbárie. (+)
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) July 10, 2022
Devemos todos, especialmente os líderes políticos, lutar para combater este ódio, que vai contra os princípios básicos da vida em família, em sociedade e em uma democracia.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) July 10, 2022
A convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada. Deve ser preservada e estimulada, pois é dessa forma que podemos, por meio de diálogo e busca de consensos, evoluir para um país melhor.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) July 10, 2022
Duas vidas perdidas na tragédia. Meus sentimentos sinceros aos familiares.
O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz — ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro —, chamou o assassino bolsonarista de irresponsável e covarde. "Não é surpresa. Resultado natural do fanatismo. Eleições - pode haver mais incidentes. Está sendo alertado faz muito tempo", pontuou.
IRRESPONSÁVEIS E COVARDES continuam estimulando violência de origem política. Não é surpresa. Resultado natural do fanatismo. Eleições - pode haver mais incidentes. Está sendo alertado faz muito tempo. Justiça, Min Pub e a polícia precisam atuar desde já.
— General Santos Cruz (@GenSantosCruz) July 11, 2022
Já o pré-candidato ao governo de Sergipe, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), afirmou que a tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros.
A tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros, com a tolerância do Congresso e dos órgãos de controle. Eleição não é guerra, somos todos brasileiros!
— Alessandro Vieira (@_AlessandroSE) July 10, 2022
A vítima Marcelo Arruda era filiado ao PT e foi candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. Segundo a polícia, o atirador é José da Rocha Guaranho, um agente penitenciário federal.
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