A Polícia Federal se prepara para agir em casos extremos por causa do cenário polarizado. A corporação se reuniu com partidos para traçar uma estratégia sobre a segurança e o número de agentes que devem atuar na proteção dos candidatos à Presidência durante a campanha eleitoral, que se inicia, oficialmente, em 16 de agosto.
Diante do cenário incerto e do contingente que essa segurança vai demandar, vários agentes têm passado por treinamento especializado na Academia de Polícia Federal. A corporação estima em 30 o número de policiais destacados para proteger cada candidato — contingente que pode mudar dependendo do grau de risco.
Juiz de Fora
A instituição tem antecipado suas ações na elaboração de planejamento operacional para as eleições presidenciais de 2022. A corporação teme atentados violentos contra os presidenciáveis, como o que aconteceu em 2018, com Jair Bolsonaro (PL), em Juiz de Fora (MG), quando o então candidato à Presidência sofreu um golpe de faca na região do abdômen, desferido por Adélio Bispo de Oliveira.
O especialista em segurança pública Leonardo Sant'Anna observa que a Polícia Federal adotou a estratégia de segurança após o episódio envolvendo Bolsonaro. "Nas últimas eleições, o Brasil mudou o conceito de proteção de candidatos durante o processo eleitoral. Nós não tínhamos casos concretos. Tínhamos ameaças, questionamentos, agressividade verbal, pela internet, mas nunca um caso real", ressalta. (LP)
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