orçamento secreto

Senador denunciará Pacheco, Alcolumbre e Do Val ao Conselho de Ética e à PGR

O senador vai pedir que sejam apurados os fatos relacionados à distribuição de emendas do orçamento secreto

Correio Braziliense
postado em 08/07/2022 19:24 / atualizado em 08/07/2022 19:30
"Distribuição de dinheiro público como gratificação por voto não é só imoral. É crime!", afirmou Vieira, - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) disse que vai ingressar com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) e no Conselho de Ética do Senado Federal, na próxima segunda-feira (11/7), para que sejam apurados os fatos relacionados à afirmação do senador Marcos do Val (Podemos-ES) de que recebeu R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto — as polêmicas e pouco transparentes RP9 — por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado, em fevereiro de 2021.

Em entrevista dada ao Estado de S.Paulo, Do Val disse ter sido informado sobre a verba por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), articulador da campanha de Pacheco ao comando do Senado, após o resultado da disputa. "Distribuição de dinheiro público como gratificação por voto não é só imoral. É crime!", afirmou Vieira, nas redes sociais. A representação pedirá a apuração do papel dos três personagens: Do Val, Pacheco e Alcolumbre.

 


Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, do Val afirmou ao jornal que os recursos seriam uma forma de "gratidão" pelo apoio. As afirmações de do Val expõem, pela primeira vez, como são feitos, nos bastidores, os acordos em torno da divisão do orçamento secreto. Depois, em entrevistas posteriores, o senador Do Val disse acreditar ter sido mal interpretado, mas não negou as afirmações.


 

 

 

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