Carro de juiz do caso MEC é atacado

Taísa Medeiros
postado em 08/07/2022 00:01

Responsável pelo mandado de prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, teve o carro atingido por fezes de animais, terra e ovos, na tarde de ontem. Borelli foi atacado enquanto dirigia o próprio veículo, logo após deixar a residência em que mora na capital federal. O magistrado não ficou ferido, mas, como os dejetos atingiram o para-brisa, ele ficou momentaneamente sem visão do trânsito. Borelli comunicou o caso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

O juiz foi quem autorizou a operação da Polícia Federal que, no último dia 22, prendeu o ex-ministro da Educação e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Os três são investigados por envolvimento em suposto esquema de cobrança de propina para liberação de verbas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os pastores não tinham cargos no ministério, mas circulavam pelo órgão com desenvoltura. Na decisão, Borelli escreveu que, caso permanecessem em liberdade, Ribeiro e os dois pastores poderiam oferecer riscos às investigações sobre o escândalo.

Borelli já havia sofrido ameaças, que estão sendo investigadas. A Justiça Federal no DF trabalha com a tese de que as intimidações partiram de grupos de apoio ao ex-ministro, e informou que os casos foram encaminhados para a Polícia Federal.

CPI

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu em plenário o requerimento de instalação da CPI do MEC. O início dos trabalhos da CPI, no entanto, deve ficar para depois das eleições, conforme acordado entre Pacheco e líderes partidários, em reunião na última terça-feira.

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