Apesar de classificar a PEC dos Benefícios de eleitoreira, a oposição votará a favor. De acordo com o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA), líder do partido na Câmara, aumentar benefícios sociais sempre foi uma pauta defendida pelo bloco. "O que a gente questiona é o método, porque não está havendo debate. Esse é o ponto que nós vamos bater. Atropelaram tudo, fizeram sessão fake, juntaram uma PEC a outra, impediram que a gente apresentasse emendas, usaram todos os artifícios. Qual é a nossa proposta? Que essa política seja permanente, nesses moldes. Não só durante o período eleitoral. O governo está adotando uma medida eleitoreira. Não há dúvidas de que Bolsonaro vai usar isso para eleição. É o único objetivo dele", criticou.
Na sessão, parlamentares da oposição apresentaram uma série de destaques, pelos quais pretendem batalhar. "Esperamos aprovar os destaques, mesmo que seja difícil", disse o líder da minoria na Câmara, Alencar Santana (PT-SP). "A oposição vai continuar fazendo o debate. Todas as possibilidades que pudermos, mas o governo tem a obrigação de colocar seu quórum. Tem a maioria com folga. Não conseguiu hoje (ontem). Diria que tem muita gente desesperadamente comprando passagem para estar aqui na semana que vem", frisou.
O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM) disse que a proposta é "uma vergonha para o Parlamento brasileiro" e criticou Lira. "A desmoralização da Constituição, a desmoralização do processo legislativo, e o presidente da Casa impondo os caprichos dele à ordem constitucional e democrática do país. Lira não respeita nada, e essa PEC vai passar", ressaltou. "Não tem nada que a oposição possa fazer para barrar. E eu entendo a atitude da oposição de votar a favor. Não tem como votar contra uma proposta que aumenta o auxílio. Agora, esse procedimento está todo errado. Rasgaram a Constituição e o regimento da Casa."
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