O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, ex-presidente da Corte, criticou a atuação dos militares no processo eleitoral. Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (7/7), o magistrado disse que as Forças Armadas “devem ficar quietinhas em seu canto” e que têm uma atitude de “vassalagem” em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Barbosa fez os apontamentos ao responder uma postagem do ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira. O general disse em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, nesta semana, que não tem questionado o funcionamento das urnas eletrônicas, mas afirmou que “nenhum sistema informatizado é totalmente inviolável”.
O ex-presidente do STF comentou a declaração: “Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto”, escreveu via Twitter.
Para Joaquim Barbosa, as Forças Armadas pressionam a Justiça Eleitoral. “Insistir nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente para um golpe de Estado. Pense nisso, general”, pontuou.
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