Enquanto o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) cumpria agenda na Câmara dos Deputados, seu adversário direto na disputar a uma vaga de pré-candidato ao Senado pela esquerda no Estado do Rio, André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), publicou uma foto com o ex-presidente e candidato petista à sucessão de Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), e o vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB-SP), em suas redes sociais.
Embora tenha alta visibilidade na Câmara e ser egresso dos quadros petistas, Molon está sofrendo forte pressão para desistir de ser o candidato ao Senado na chapa da coligação PT, PSB, PCdoB, Rede, PSol e Cidadania. Inclusive, o candidato ao governo do estado pelo grupo, Marcelo Freixo (PSB), já admite preferir o petista para compor o palanque lulista no Rio.
A chegada de Lula ao Rio de Janeiro, ontem, para uma agenda de dois dias na capital fluminense, promete acelerar o debate sobre quem será o candidato ao Senado. Em princípio, a maior resistência a Molon vem do fogo amigo de Marcelo Freixo, que cobra do PSB o cumprimento do acordo pelo qual o PT teria prioridade à vaga ao Senado na chapa. O PSol, por sua vez, tem motivos para apoiar Molon, já que as legendas se ajustaram no Maranhão e no Piauí.
Entretanto, Molon e Ceciliano estão "empatados" na contagem interna das legendas da coalizão — cada um com o apoio de três partidos. Molon tem ao seu lado PSB, PSol e Rede, enquanto Ceciliano tem PT, PCdoB e PV. O PSol é o principal apoiador de Marcelo Freixo, tendo deixado a candidatura da jurista Luciana Boiteux de lado em favor do socialista.
Defensores de Ceciliano, que tem capilaridade eleitoral na Baixada Fluminense, lembram que Molon fez, nos últimos meses, acenos a adversários de Freixo, como o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), candidato ao governo do Rio, e Eduardo Paes (PSD), prefeito da capital fluminense.
Ontem à noite, Molon participou de uma agenda com Lula e representantes do carnaval carioca na quadra da Unidos da Tijuca, no Centro da cidade. "[A candidatura] continua sendo debatida entre as direções nacionais dos nossos partidos, mas serei candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro, isso é uma decisão irreversível", disse Molon.
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