A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de análise sobre as suspeitas de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações envolvendo o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
O Supremo ainda remeteu o caso para a equipe do procurador-geral da República, Augusto Aras, que poderá pedir a abertura do inquérito contra o presidente. Ao total, a PGR já acumula quatro pedidos para se pronunciar a respeito das supostas interferências de Bolsonaro na operação que resultou na prisão do ex-chefe do MEC.
Milton Ribeiro foi detido pela PF a respeito do suposto envolvimento dele em um esquema para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em áudios divulgados pela imprensa, ele afirmou priorizar pastores aliados e ainda citou que o favorecimento era um pedido expresso do presidente da República.
Em outra gravação, Ribeiro relata à própria filha que foi avisado por Jair Bolsonaro sobre a busca e apreensão da PF. Segundo ele, o presidente disse ter um “pressentimento” de que o aliado seria alvo da polícia.
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